Onde há ponte para chegar ao não-dito?
Será que há um depósito sem fundo na tua alma?
Por onde eu passei, que você não viu?
Que segredos não te contei sobre a minha falsa realidade?
Terá eu medo do agora?
Mas o que disse teria sido dito por qualquer alguém de bem
Frases da anti-solidão foram escritas
Horas em dedicação aos seus versos
Passos em direção ao acaso foi dado
Por que não percebeste?
Eu não fui feita para altar
Não pertenço ao mundo dos seres de alma pequena
Sou aquela ali, longe de olhar, perto do mar, feita para amar
Tão óbvia nas escolhas e tão secreta nas intenções
Que estou presa ao meu destino
Nem que eu queira, posso seguir em direção oposta
O vento pesa nas minhas costas
Meu olhar quer ver adiante
E seu silêncio me faz recolher
Que mão esconde o teu olhar?
Eu sempre estive aqui
Haviam flores no passado
Eu bem sei
Mas isso já era
Agora estou dizendo
Não calo a voz que me resta
Vejo você logo ali
Respirando o calor do dia
Preso a uma roupa séria
Em um tempo diferente dos outros
Eu sei que a dor do mundo deixou um coração doente
E a cura está tão longe do Homem
Porém existe o acaso
O desconhecido momento secreto de Deus
A força que transcende a sua vontade
Não tenhas medo!
A ponte só faz você caminhar sobre as águas
E cruzar enfim o meu caminho.
domingo, 18 de março de 2007
sexta-feira, 16 de março de 2007
Interferência
As feridas expostas no olhar do moribundo,
Que cultivadas por passos catárticos
São levadas lado a lado no seu destino apocalíptico
No outro lado da calçada
A água que escorre se confundindo com a sujeira da rua
Vai lavando os desejos mais imundos da senhora de expressões cansadas
Mas de repente... nesse exato instante
As linhas da palma da mão dão o sinal de esperança,
E o teu olhar me vê
Enquanto isso, o carro veloz prossegue no asfalto
Atirando o líquido do amor contagioso
Que agora atravessa a sina dos expatriados
Condenando-os a felicidade da troca
Num salto para liberdade
o pombo sujo impulsiona sua vontade observando agora
Os corações unidos
Que cultivadas por passos catárticos
São levadas lado a lado no seu destino apocalíptico
No outro lado da calçada
A água que escorre se confundindo com a sujeira da rua
Vai lavando os desejos mais imundos da senhora de expressões cansadas
Mas de repente... nesse exato instante
As linhas da palma da mão dão o sinal de esperança,
E o teu olhar me vê
Enquanto isso, o carro veloz prossegue no asfalto
Atirando o líquido do amor contagioso
Que agora atravessa a sina dos expatriados
Condenando-os a felicidade da troca
Num salto para liberdade
o pombo sujo impulsiona sua vontade observando agora
Os corações unidos
LEAD DO AMOR SOZINHO
Onde foi que nosso tempo parou?
Onde foi parar o olhar que eu sorria te retribuindo?
Onde mora nosso sentido?
Onde cabe minha mão na tua?
Por onde anda o nome daquela rua?
Quem escondeu a chave do carro que eu não tenho
Quem condenou meus passos perdidos
Onde eu atravesso no teu destino
Cadê a tradução dos códigos do amor?
Onde eu li que ainda havia poesia?
Talvez só na tua alegria de dançar um maracatu de manhãzinha
Onde gira o mundo que eu te dei?
Quem parou a música que embalava os nossos passos?
Quem de nós ficou perdido?
Quem sabe sobre amor bandido?
Quem não viu hoje um mendigo?
O que ainda falta compartilhar?
Que mistérios eu vou desvendar sobre o desejo de pulsar?
Qual é a vaidade que nos atropela agora?
É que eu desaprendi a comer, meu amor
Sinto café demais na companhia do meu cigarro
Onde foi parar o olhar que eu sorria te retribuindo?
Onde mora nosso sentido?
Onde cabe minha mão na tua?
Por onde anda o nome daquela rua?
Quem escondeu a chave do carro que eu não tenho
Quem condenou meus passos perdidos
Onde eu atravesso no teu destino
Cadê a tradução dos códigos do amor?
Onde eu li que ainda havia poesia?
Talvez só na tua alegria de dançar um maracatu de manhãzinha
Onde gira o mundo que eu te dei?
Quem parou a música que embalava os nossos passos?
Quem de nós ficou perdido?
Quem sabe sobre amor bandido?
Quem não viu hoje um mendigo?
O que ainda falta compartilhar?
Que mistérios eu vou desvendar sobre o desejo de pulsar?
Qual é a vaidade que nos atropela agora?
É que eu desaprendi a comer, meu amor
Sinto café demais na companhia do meu cigarro
Jardim do inferno
Deus, aqui é o céu invertido.
Cabe a nós compaixão
Como de um aperto de mão
Aqui gasta o amor
Corrói a dor
Mente a vida
Nega a morte
Deus, o inferno repousa aqui
Na primavera escolhe as cores
Pra no outono poluir
Aqui o dever é seguir sem saber pra onde
Todos os corredores de amores distantes
Agitados em sonhos acordados
Por aqui não nascem flores do perdão
Perde-se tempo com notícias de um mundo doente
Cabe a nós compaixão
Como de um aperto de mão
Aqui gasta o amor
Corrói a dor
Mente a vida
Nega a morte
Deus, o inferno repousa aqui
Na primavera escolhe as cores
Pra no outono poluir
Aqui o dever é seguir sem saber pra onde
Todos os corredores de amores distantes
Agitados em sonhos acordados
Por aqui não nascem flores do perdão
Perde-se tempo com notícias de um mundo doente
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